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GUARDA COMPARTILHADA: TENDÊNCIAS E IMPACTOS NO BEM-ESTAR DA CRIANÇA
Entenda como a guarda compartilhada funciona, suas tendências atuais e os impactos positivos no desenvolvimento e bem-estar da criança, garantindo decisões jurídicas equilibradas e seguras.
Rosemeire Rodrigues Silva
6/17/20253 min read
A guarda compartilhada é um tema central no direito de família, especialmente em contextos de separação ou divórcio. Ela busca equilibrar a responsabilidade de ambos os pais na criação e desenvolvimento da criança, promovendo um convívio saudável e o melhor interesse do menor.
Nos últimos anos, a legislação brasileira e as decisões judiciais vêm reforçando a guarda compartilhada como regra prioritária, sempre que possível, considerando os impactos emocionais e sociais para a criança. Este artigo apresenta conceitos, tendências e práticas que ajudam a compreender como essa modalidade de guarda contribui para o bem-estar infantil.
O que é guarda compartilhada
A guarda compartilhada é um modelo em que ambos os pais participam ativamente das decisões sobre a vida da criança, incluindo educação, saúde, lazer e rotina diária, mesmo que a criança resida predominantemente com um deles.
Princípios da guarda compartilhada
Equidade: responsabilidades e direitos são divididos de forma equilibrada;
Melhor interesse da criança: todas as decisões priorizam o desenvolvimento e bem-estar do menor;
Participação ativa: ambos os pais mantêm envolvimento constante na vida da criança.
Exemplo prático: Após o divórcio, Maria e João mantêm a criança residindo com a mãe, mas o pai participa das decisões escolares, médicas e participa de visitas periódicas, respeitando o planejamento definido em acordo ou decisão judicial.
Tendências da guarda compartilhada no Brasil
Nos últimos anos, a guarda compartilhada vem se tornando padrão em casos de separação, seguindo a Lei nº 13.058/2014, que tornou a guarda compartilhada preferencial, salvo situações que coloquem a criança em risco.
Comportamento judicial predominante
Juízes buscam incentivar acordos entre os pais;
Sentenças tendem a priorizar a convivência equilibrada com ambos;
Decisões recentes reforçam a importância do diálogo e da colaboração parental.
Impactos sociais
Fortalece vínculos afetivos com ambos os pais;
Reduz conflitos entre familiares;
Contribui para desenvolvimento emocional mais saudável.
Dica prática: Ao negociar ou revisar acordos de guarda, priorize sempre o diálogo e a mediação para reduzir tensões e evitar litígios prolongados.
Benefícios da guarda compartilhada para a criança
Estabilidade emocional e afetiva
A criança mantém contato constante com ambos os pais, o que favorece segurança emocional e senso de pertencimento.
Desenvolvimento social e educativo
Participação de ambos os pais nas decisões escolares e atividades extracurriculares;
Maior supervisão e orientação, resultando em comportamento mais equilibrado e desempenho acadêmico positivo.
Redução de conflitos parentais
Com regras claras e participação equilibrada, diminui a necessidade de disputas judiciais frequentes, criando ambiente familiar mais saudável.
Desafios e cuidados na guarda compartilhada
Embora traga diversos benefícios, a guarda compartilhada exige atenção para alguns aspectos:
Comunicação constante entre os pais
Reuniões periódicas ou aplicativos de gestão de rotina ajudam a manter alinhamento;
Transparência nas decisões evita mal-entendidos e conflitos.
Flexibilidade e adaptação
Rotina e necessidades da criança podem exigir ajustes;
Mudanças devem ser acordadas entre os pais ou, se necessário, homologadas judicialmente.
Situações de risco
Em casos de violência doméstica, abuso ou incapacidade parental, a guarda compartilhada pode não ser recomendada;
O juiz poderá decidir por guarda unilateral visando proteção da criança.
Dica prática: Documente acordos e decisões sobre a criança para garantir clareza e segurança jurídica, evitando disputas futuras.
Estratégias para implementar a guarda compartilhada de forma eficiente
Negociação amigável: sempre que possível, resolva acordos de guarda por consenso;
Mediação familiar: profissionais especializados podem ajudar a organizar regras e rotina;
Acompanhamento psicológico: tanto para pais quanto para filhos, auxilia na adaptação e desenvolvimento emocional;
Documentação formal: registre decisões e alterações em acordos escritos ou homologados judicialmente;
Flexibilidade planejada: permita ajustes para eventos extraordinários, viagens e compromissos escolares.
Conclusão
A guarda compartilhada representa uma tendência sólida no direito de família, voltada para proteger o melhor interesse da criança. Com participação equilibrada dos pais, comunicação clara e planejamento estratégico, é possível reduzir conflitos e promover desenvolvimento emocional, social e educacional mais saudável.
Dica final: priorizar diálogo, registro formal de acordos e acompanhamento constante garante que a guarda compartilhada seja efetiva, equilibrada e beneficie integralmente o bem-estar da criança.
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