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PENHORA PARCIAL DE SALÁRIOS E APOSENTADORIAS: DIREITO DO CREDOR E PROTEÇÃO DO DEVEDOR
Este artigo explica a recente decisão do Tribunal Superior do Trabalho que possibilita a penhora parcial sobre salários e aposentadorias para pagamento de dívidas trabalhistas. A medida visa garantir que o credor receba o que lhe é devido, sem comprometer a subsistência e a dignidade do devedor, mostrando o equilíbrio entre execução efetiva e proteção aos direitos fundamentais.
Rosemeire Rodrigues Silva
9/23/20252 min read
Introdução
Recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) consolidou entendimento que permite a penhora de percentual limitado sobre salários, vencimentos e proventos de aposentadoria para o pagamento de dívidas trabalhistas. Essa decisão representa um equilíbrio entre a necessidade do credor de receber o que lhe é devido e a proteção do devedor, garantindo que ele mantenha recursos suficientes para sua subsistência e dignidade.
A Exceção à Imunidade de Penhora: Fundamento e Aplicação
O artigo 833 do Código de Processo Civil estabelece a impenhorabilidade de salários e proventos de aposentadoria, protegendo a subsistência do devedor e sua família. No entanto, o § 2º do mesmo artigo prevê exceções, permitindo a penhora em casos específicos, como pagamento de prestações alimentícias.
O TST, alinhado a essa norma, tem admitido a penhora de percentual limitado sobre salários e aposentadorias para satisfação de créditos trabalhistas. Essa medida assegura o direito do credor sem comprometer de forma extrema a vida do devedor.
Limitação Percentual: Garantia de Dignidade ao Devedor
A jurisprudência do TST estabelece limites percentuais para a penhora, geralmente variando entre 10% e 30% da renda líquida do devedor. Esse percentual é definido de modo a equilibrar a efetividade da execução com a necessidade de garantir recursos mínimos para a manutenção do devedor e de sua família.
Em decisões recentes, por exemplo, a penhora de 30% dos proventos de aposentadoria foi autorizada, considerando a situação econômica do devedor e a natureza da dívida trabalhista. O objetivo é que a execução não comprometa direitos fundamentais nem coloque o devedor em situação de vulnerabilidade extrema.
Impacto Prático e Considerações Finais
A possibilidade de penhora parcial de proventos representa uma evolução na execução trabalhista, permitindo que créditos sejam efetivamente pagos sem violar direitos fundamentais do devedor. A aplicação dessa exceção deve ser feita com cautela, sempre avaliando as condições econômicas do devedor e a proporcionalidade da penhora.
Para profissionais da área jurídica, acompanhar essa jurisprudência é essencial para conduzir execuções de forma justa, protegendo os interesses do credor e respeitando a dignidade do devedor.
Conclusão
A decisão do TST sobre a penhora parcial de salários e aposentadorias reflete o equilíbrio necessário entre o direito do credor e a proteção do devedor. Se você deseja entender melhor essa questão e outras atualizações jurídicas relevantes, acompanhe nosso blog e entre em contato para orientações personalizadas.
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